Há escuras vielas,
Há ruas tortuosas,
Onde não medram rosas...
Para além da tua mesa farta,
Mesa de linho recoberta,
Há mães famintas,
Há uma mesa pobre,
E há leitos sem coberta...
Além das portas de teu lar
Que trescala perfumes e alegria,
Há casebres tocados pelo vento,
E onde nunca surge a luz do dia...
Ah! Sai de ti mesmo, vai mais além,
Recolhe das migalhas que te sobram
E enche com elas, o farnel do bem!
Não te limites a olhar, a indicar
Onde a miséria mora!...
Espalha ao teu redor, a luz da esperança,
A luz de nova aurora!
E, então, tua alma sairá
Dos limites acanhados
Destes caminhos cobertos de abrolhos,
E verás surgir,
Ante teus olhos deslumbrados,
Ao calor deste amor sempre bendito,
A luz do Grande Além,
Que é o Porto do Infinito.
Autora espiritual: Icléia
Em 16/12/1968
Livro: Evangelho em Prosa e Verso
Mensagens diversas recebidas no Lar de Tereza
Edição: Lar de Teresa
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